II Coríntios
Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também a nossa consolação sobeja por meio de Cristo e a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação, mas, já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos; o qual nos livrou de tão grande morte e livrará; em quem esperamos que também nos livrará ainda, porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo e, maiormente convosco, como também já em parte reconhecestes em nós, que somos a vossa glória, como também vós sereis a nossa no Dia do Senhor Jesus, e por vós passar à Macedônia, e da Macedônia ir outra vez ter convosco, e ser guiado por vós à Judeia, antes, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não foi sim e não, porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim, e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas nele houve sim, mas o que nos confirma convosco em Cristo e o que nos ungiu é Deus, invoco, porém, a Deus por testemunha sobre a minha alma, que, para vos poupar, não tenho até agora ido a Corinto; mas deliberei isto comigo mesmo: não ir mais ter convosco em tristeza e escrevi-vos isso mesmo para que, quando lá for, não tenha tristeza da parte dos que deveriam alegrar-me, confiando em vós todos de que a minha alegria é a de todos vós, porque, se alguém me contristou não me contristou a mim senão em parte, para vos não sobrecarregar a vós todos; de maneira que, pelo contrário, deveis, antes, perdoar-lhe e consolá-lo, para que o tal não seja, de modo algum, devorado de demasiada tristeza e para isso vos escrevi também, para por essa prova saber se sois obedientes em tudo e a quem perdoardes alguma coisa também eu; porque o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás; ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo e abrindo sê-me uma porta no Senhor, e graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento para estes, certamente, cheiro de morte para morte; mas, para aqueles, cheiro de vida para vida. E, para essas coisas, quem é idôneo? Porventura, começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós ou de recomendação de vós? Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração, não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, e, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça, porque também o que foi glorificado, nesta parte, não foi glorificado, por causa desta excelente glória tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar, mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido, mas, quando se converterem ao Senhor, então, o véu se tirará, mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto, porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós, perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos de maneira que em nós opera a morte, mas em vós, a vida sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus e nos apresentará convosco, por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas; porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus, se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus, ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito (Porque andamos por fé e não por vista.) pelo que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes, porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal, porque não nos recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração, porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram, assim que, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora, já o não conhecemos desse modo e tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação, àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus e nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão, não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, como desconhecidos, mas sendo bem-conhecidos; como morrendo e eis que vivemos; como castigados e não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo, não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos, não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso; ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus, não digo isso para vossa condenação; pois já, antes, tinha dito que estais em nossos corações para juntamente morrer e viver, porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes, em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro e não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado de vós, contando-nos as vossas saudades, o vosso choro, o vosso zelo por mim, de maneira que muito me regozijei, agora, folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para o arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma, porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte; portanto, ainda que vos tenha escrito, não foi por causa do que fez o agravo, nem por causa do que sofreu o agravo, mas para que o vosso grande cuidado por nós fosse manifesto diante de Deus, porque, se nalguma coisa me gloriei de vós para com ele, não fiquei envergonhado; mas, como vos dissemos tudo com verdade, também a nossa glória para com Tito se achou verdadeira; regozijo-me de em tudo poder confiar em vós também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia; porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente, e não somente fizeram como nós esperávamos, mas também a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus; portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e na palavra, e na ciência, e em toda diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nessa graça, porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis e nisso dou o meu parecer; pois isso vos convém a vós, que desde o ano passado começastes; e não foi só praticar, mas também querer, porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem e não segundo o que não tem, mas, para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade, mas graças a Deus, que pôs a mesma solicitude por vós no coração de Tito; e com ele enviamos aquele irmão cujo louvor no evangelho está espalhado em todas as igrejas, e não só isso, mas foi também escolhido pelas igrejas para companheiro da nossa viagem, nessa graça que por nós é ministrada para glória do mesmo Senhor e prontidão do vosso ânimo; pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens; quanto a Tito, é meu companheiro e cooperador para convosco; quanto a nossos irmãos, são embaixadores das igrejas e glória de Cristo; quanto à administração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos, mas enviei estes irmãos, para que a nossa glória, acerca de vós, não seja vã nessa parte; para que (como já disse) possais estar prontos, portanto, tive por coisa necessária exortar estes irmãos, para que, primeiro, fossem ter convosco e preparassem de antemão a vossa bênção já antes anunciada, para que esteja pronta como bênção e não como avareza; cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria, conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre, ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça; porque a administração desse serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também redunda em muitas graças, que se dá a Deus, e pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há, além disso, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde, mas ausente, ousado para convosco; porque, andando na carne, não militamos segundo a carne, destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo, olhais para as coisas segundo a aparência? Se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo: assim como ele é de Cristo, também nós de Cristo somos para que não pareça como se quisera intimidar-vos por cartas, porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra, desprezível porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas esses que se medem a si mesmos e se comparam consigo mesmos estão sem entendimento, porque não nos estendemos além do que convém, como se não houvéssemos de chegar até vós, pois já chegamos também até vós no evangelho de Cristo; para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós e não em campo de outrem, para nos não gloriarmos no que estava já preparado porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva; tomara que me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, porém, ainda, mas, temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo, porque penso que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos; pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei o evangelho de Deus? Porque os irmãos que vieram da Macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado e ainda me guardarei, como a verdade de Cristo está em mim, esta glória não me será impedida nas regiões da Acaia, mas, o que eu faço o farei para cortar ocasião aos que buscam ocasião, a fim de que, naquilo em que se gloriam, sejam achados assim como nós e não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz; outra vez digo: ninguém me julgue insensato ou, então, recebei-me como insensato, para que também me glorie um pouco, pois que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei, porque, sendo vós sensatos, de boa mente tolerais os insensatos, envergonhado o digo, como se nós fôssemos fracos, mas, no que qualquer tem ousadia (com insensatez falo), também eu tenho ousadia; são ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes; três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em trabalhos e fadiga, em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez, além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas, se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza em Damasco, o que governava sob o rei Aretas pôs guardas às portas da cidade dos damascenos, para me prenderem; em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor e sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) de um assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas; e, para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de não me exaltar e disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza, de boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte; os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas; eis aqui estou pronto para, pela terceira vez, ir ter convosco e não vos serei pesado; pois que não busco o que é vosso, mas, sim, a vós; porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os filhos, mas, seja assim, eu não vos fui pesado; mas, sendo astuto, vos tomei com dolo; roguei a Tito e enviei com ele um irmão. Porventura, Tito se aproveitou de vós? Não andamos, porventura, no mesmo espírito, sobre as mesmas pisadas? Cuidais que ainda nos desculpamos convosco? Falamos em Cristo perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa edificação que, quando for outra vez, o meu Deus me humilhe para convosco, e eu chore por muitos daqueles que dantes pecaram e não se arrependeram da imundícia, e prostituição, e desonestidade que cometeram; é esta a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas, será confirmada toda palavra, visto que buscais uma prova de Cristo que fala em mim, o qual não é fraco para convosco; antes, é poderoso entre vós; examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados, ora, eu rogo a Deus que não façais mal algum, não para que sejamos achados aprovados, mas para que vós façais o bem, embora nós sejamos como reprovados porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o que desejamos é a vossa perfeição; portanto, escrevo essas coisas estando ausente, para que, estando presente, não use de rigor, segundo o poder que o Senhor me deu para edificação e não para destruição. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todos os santos vos saúda graça a vós e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus, mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é, a qual se opera, suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos porque não queremos irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos, ajudando-nos também vós, com orações por nós, para que, pela mercê que por muitas pessoas nos foi feita, por muitas também sejam dadas graças a nosso respeito porque nenhumas outras coisas vos escrevemos, senão as que já sabeis ou também reconheceis; e espero que também até ao fim as reconhecereis, e, com essa confiança, quis primeiro ir ter convosco, para que tivésseis uma segunda graça; e, deliberando isso, usei, porventura, de leviandade? Ou o que delibero, o delibero segundo a carne, para que haja em mim sim, sim e não, não? Porque todas quantas promessas há de Deus são nele sim; e por ele o Amém, para glória de Deus, por nós o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vosso gozo; porque pela fé estais em pé por que, se eu vos entristeço, quem é que me alegrará, senão aquele que por mim foi contristado? Porque, em muita tribulação e angústia do coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que vos entristecêsseis, mas para que conhecêsseis o amor que abundantemente vos tenho basta ao tal esta repreensão feita por muitos pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor porque não ignoramos os seus ardis não tive descanso no meu espírito, porque não achei ali meu irmão Tito; mas, despedindo-me deles, parti para a Macedônia por que para Deus somos o bom cheiro de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem por que nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus; antes, falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens e é por Cristo que temos tal confiança em Deus; o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece e não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório e até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles, ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade, antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus por que Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; e assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal e temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri; por isso, falei. Nós cremos também; por isso, também falamos, por que tudo isso é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, torne abundante a ação de graças, para glória de Deus porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, e, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida pelo que estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor, mas temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos manifestos a Deus; e espero que, na vossa consciência, sejamos também manifestos porque, se enlouquecemos, é para Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós e ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo de sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus (Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.); antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado, ora, em recompensa disso (falo como a filhos), dilatai-vos também vós e que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; recebei-nos em vossos corações; a ninguém agravamos, a ninguém corrompemos, de ninguém buscamos o nosso proveito, grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação e transbordante de gozo em todas as nossas tribulações, mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito; porquanto, ainda que vos tenha contristado com a minha carta, não me arrependo, embora já me tivesse arrependido-se por ver que aquela carta vos contristou, ainda que por pouco tempo; porque quanto cuidado não produziu isso mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que apologia, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! Em tudo mostrastes estar puros neste negócio por isso, fomos consolados pela vossa consolação e muito mais nos alegramos pela alegria de Tito, porque o seu espírito foi recreado por vós todos e o seu entranhável afeto para convosco é mais abundante, lembrando-se da obediência de vós todos e de como o recebestes com temor e tremor, como, em muita prova de tribulação, houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza superabundou em riquezas da sua generosidade pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos de maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabe essa graça entre vós, não digo isso como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade do vosso amor; agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes, mas não digo isso para que os outros tenham alívio, e vós, opressão; como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos, pois ele aceitou a exortação e, muito diligente, partiu voluntariamente para vós, evitando isto: que alguém nos vitupere por essa abundância, que por nós é ministrada; com eles, enviamos também outro nosso irmão, o qual, muitas vezes e em muitas coisas, já experimentamos ser diligente e agora muito mais diligente ainda pela muita confiança que em vós tem, portanto, mostrai para com eles, perante a face das igrejas, a prova do vosso amor e da nossa glória acerca de vós porque bem sei a prontidão do vosso ânimo, da qual me glorio de vós, para com os macedônios, que a Acaia está pronta desde o ano passado, e o vosso zelo tem estimulado muitos a fim de, se acaso os macedônios vierem comigo e vos acharem despercebidos, não nos envergonharmos nós (para não dizermos, vós) deste firme fundamento de glória e digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará e Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra, para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles e para com todos, graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável; rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns que nos julgam como se andássemos segundo a carne porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; e estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência porque, ainda que eu me glorie mais alguma coisa do nosso poder, o qual o Senhor nos deu para edificação e não para vossa destruição, não me envergonharei, pense o tal isto: quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais seremos também por obra, estando presentes, porém, não nos gloriaremos fora de medida, mas conforme a reta medida que Deus nos deu, para chegarmos até vós; não nos gloriando fora de medida nos trabalhos alheios; antes, tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos abundantemente engrandecidos entre vós, conforme a nossa regra, aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes com razão o sofrereis e, se sou rude na palavra, não o sou, contudo, na ciência; mas já em tudo nos temos feito conhecer totalmente entre vós, outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e, quando estava presente convosco e tinha necessidade, a ninguém fui pesado. Por quê? Porque vos não amo? Deus o sabe. Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo, não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras, o que digo, não o digo segundo o Senhor, mas, como por loucura, nesta confiança de gloriar-me, pois sois sofredores, se alguém vos põe em servidão, se alguém vos devora, se alguém vos apanha, se alguém se exalta, se alguém vos fere no rosto, são hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendência de Abraão? Também eu recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um; em viagens, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; quem enfraquece que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza que eu não me abrase? O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é eternamente bendito, sabe que não minto e fui descido num cesto por uma janela da muralha; e assim escapei das suas mãos. Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos (se no corpo, não sei; se fora do corpo, não sei; Deus o sabe), foi arrebatado até ao terceiro céu foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar, porque, se quiser gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas deixo isso, para que ninguém cuide de mim mais do que em mim vê ou de mim ouve, acerca do qual três vezes orei ao Senhor, para que se desviasse de mim, fui néscio em gloriar-me; vós me constrangestes; porque eu devia ser louvado por vós, visto que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos, ainda que nada sou, porque, em que tendes vós sido inferiores às outras igrejas, a não ser que eu mesmo vos não fui pesado? Perdoai-me este agravo, eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado, porventura, aproveitei-me de vós por algum daqueles que vos enviei? Porque receio que, quando chegar, vos não ache como eu quereria, e eu seja achado de vós como não quereríeis, e que de alguma maneira haja pendências, invejas, iras, porfias, detrações, mexericos, orgulhos, tumultos; já anteriormente o disse e segunda vez o digo, como quando estava presente; mas agora, estando ausente, o digo aos que antes pecaram e a todos os mais que, se outra vez for não lhes perdoarei, porque, ainda que tenha sido crucificado por fraqueza, vive, contudo, pelo poder de Deus. Porque nós também somos fracos nele, mas viveremos com ele pelo poder de Deus em vós, mas espero que entendereis que nós não somos reprovados porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade; quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém!
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